quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Voz do coração.





Ok, não dá mais. Juro que tentei — mas não deveria — me aquietar num canto e parar de pensar tanto na MESMA COISA. O sentimento é maior do que eu, não consigo controlar. Meus amigos reclamam, não suportam mais me ouvir falando\escrevendo da MESMA COISA a um bom tempo. Desde a primeira vez que abri a geladeira pra não fazer porra nenhuma até as 7 vezes que joguei  frecell, já se foram algumas horas em busca de uma distração a altura do que não sai da minha cabeça. Tomei a decisão que julgo ser a mais reconfortante: Expressar-me. Abri o bloco de notas, me deparo com uma imensidão de nada, tudo em branco, ou não, talvez isto aqui seja um espelho que reflete, ao invés dos convencionais, o meu interior. E de fato, observo o reflexo e só vejo um vazio sem fim. O cursor fica latejando e alertando pra que eu comece o texto, mas não sei oque escrever. Silêncio. Fico imóvel. Insistente o cursor continua a me alertar. Como sempre, a música estava presente, mas não liguei player algum. Estranho, ouço uma batida simples, que me soa familiar. É mais ou menos assim: Tun tun, tun tun. Comecei a ritmar com os pés. Até que enfim descobri a origem do som esquisito, era o Zé-que-bombeia-sangue. Pra minha infelicidade, ultimamente ele tem sofrido muito, e junto com o sangue ele trata de bombear saudades que percorrem minhas veias e chegam a todas as extremidades do meu corpo. Levei uma prosa a sós com o meu fiel e flagelado, velho amigo. Sem muitas palavras ditas, tão quão lágrimas derramadas, chegamos a um ponto de acordo: Vamos nos separar. Ele vai á praia descansar um pouco e pegar um bronze, enquanto eu fico com o resto do corpo agindo de forma racional, por aqui mesmo. É justo, não acho que ele mereça ser tão maltratado e desvalorizado, dessa forma. Compreenda, não tenho pena do Zé, afinal, ele foi feito pra aguentar o tranco, está viciado no que me atormenta e precisa disso para sobreviver, mas desta vez foram seqüências de emoções intensas e corrosivas que deram curto-circuito no pobre. Meu único medo é de que ele não seja capaz de se desintoxicar e volte com mais sede de sentimentos. Aguardo que o tempo traga as respostas, até lá ... Passar bem!  

4 comentários:

  1. Eu estava há dias pensando em que comentar aqui mano, e não há o que comentar além de...

    Top 3 fácil, isso se não o melhor.

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  2. É a real. Gostaria de não ter escrito ele :'(

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  3. Leonardo,

    QUe forte este texto, hein??

    Que o tempo traga as respostas!

    Bjs.

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  4. Forte, intenso, assim como o momento que estou vivendo (:

    Sim, o tempo trará respostas.

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