sábado, 12 de novembro de 2011

Pequenos trechos, grandes jornadas - II

Não é fácil narrar o que se avista quando nada se observa, apenas sente, imagina. O todo se completa. O calor seca, o Ser explora outros sentidos em busca de experiência. Morde a maça e é tratado como soldado do horror, príncipe do pecado. Mas soldados são soldados, ignoram o tridente imaginário, sangram a bandeira de orgulho e sujam noites de escuro. Tem seu brio num vale paralelo, onde abraça sua honra, acata á bigodes autocráticos e só o faz por que julga a glória como luxo necessário.

sábado, 22 de outubro de 2011

Pequenos trechos, grandes jornadas - I

A saudade insiste em demarcar o cotidiano. A falta que me fazes deixa a água barrenta, num pantanal sem peixes e sim enigmas. A onde as flores não florescem, criam expectativas. A onde as criaturas padecem mas vivem a recitar sua singular poesia. Onde o mundo envelhe e gira em torno de fantasia. A onde quem enlouquece compreende.

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Ironia da vida. Preso no próprio esconderijo. No escuro do filosofar, como utilidade. Desgastado por personalidades sombrias e lembranças mofadas. Discutindo com o tempo, barganhando minutos com a bateria, para narrar emoções indefinidas e inconstantes. Negação errônea de sentimentos instintivos e agregadores de adjetivos sussurrados por de trás da grossa cortina envoltória, de cultura arcaica e intocável. Séculos de evolução e regressão ideológica, anos de obrigatória razão metafórica, escassos segundos de Amor de baixo do sombreiro. Facilidades rotineiras não me atraem, tão quão norteiam meu real objetivo. Fachos de luz reassumem a atmosfera domiciliar. Reflexo. Observo a casca, mutuamente, e proclamo: Não me deixes cair, ó pai.

sábado, 2 de abril de 2011

O perdão como objetivo ético.


Como sou completamente crítico á religiões e suas particularidades administrativas, emprego a palavra perdão absolutamente despida de roupagens estereotipadas e utópicas. Muito se fala em perdoar o próximo, pouco se prova que o perdão é sincero ou natural. Antes de qualquer conselho clichê — como: - Perdoe! Você tem um bom coração, eu sei disso —, há de se analisar a situação que ocasionou a necessidade de uma segunda chance. Através de um livro de fábulas, que alias é muito conhecido, a sociedade aderiu á blasfêmia inescrupulosa e hipócrita de que o perdão nos faz seres melhores, isto é, superiores á quem não o pratica. O perdão, desde então, tornou-se uma ''meta'' a ser cumprida por todos, em busca do que convém a ser ético e fofinho. Esta falácia perdurará por longos anos ainda, anotem. Do que adianta perdoar pela metade, uai? Que ao menos não finja ou o faça com a mais irônica das intenções. É apenas um gesto que, dependendo da algumas variáveis, pode representar o seu atestado de paspalho do ano. O caráter não é composto deste tipo de atitudes, que são provocadas no aguardo de elogios. Egocentrismo nesse sentido, é iluminado de Amor próprio. Os anos passam, alguns refletem e só voltam atrás, após décadas de cara-fechada ou indiferença — o que não necessariamente remete á experiência de vida, mas sim ao receio de chegar ao ''fim'' sem alguém que se importe. Passar bem!

terça-feira, 8 de março de 2011

#LéoRecomenda: Transmissor - Dez segundos.

Você já viveu aqueles momentos em que fica se questionando: Cadê você? Cadê você? Pois é, todos temos; então lhe convido a refletir sobre. Por que procurar por outros, sem nem ao menos nos encontramos ainda? Ok, ok, não vou ficar filosofando demais — desta vez. Conheci Transmissor através de uma amiga — diga-se de passagem, uma grande conhecedora da cultura brasileira. Me senti na obrigação de mostrar a vocês que me lêem. Cá estou, novamente, para recomendar algo.



Foi só eu acordar pra perceber
que você nao estava aqui
Foi só eu levantar pra descobrir
Eu já nao tinha aonde ir

Cadê você?

Foi só eu precisar de um minuto que era meu
pra você se distrair
Foi só eu confessar tudo que eu já neguei
pra você se despedir

Cadê você?

Só agora eu descobri
Dez motivos pra sorrir,
Dez minutos pra me achar e
Dez segundos pra te ouvir

Cadê você ? Felicidade, cadê você?

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domingo, 27 de fevereiro de 2011


Flutuo sob o asfalto, de punhos cerrados. Inalo odor de cérebros inutilizados. Devaneio banalizado e documentado. Samurais empunham a vassoura para expurgar das ruas a falta de consciência. A ganância veste-se á carater, terno e gravata para impor seriedade. Nas calçadas, os habitantes do sub-mundo retorcem-se em crise de abstinência. O olhar da indígena expõe a falta da mata e suas ervas medicinais, enquanto a mão estende-se por remédios de preços surreais. Os velhos são abandonados e perambulam pelo centro da cidade. Barba grande, barba branca. Conversa maluca, gargalhada franca. Ouço palavras da bíblia sendo jogadas aos 4 cantos. A igreja me oferta o paraíso, mas só intercedem com as mãos na senha do banco. Agua que cai do céu e em alguns minutos faz transbordar o limite da paciência. O coletivo nunca muda de rumo. O sol se põe. O que julgam imoral é de livre acesso noite a dentro. Corpos são alugados por determinado espaço de tempo. O papelão aquece, na falta de um "Boa Noite" acompanhado de um abraço repleto de sentimento. A cachaça é o elixir da juventude para quem nem percebe a vida passar. Dormitórios que me remetem a campos de extermínio, depósitos de gente sem futuro. O livre arbítrio preso á um cachimbo. Epidemias provocadas para que pobres fiquem no eterno limbo. Em busca de dias melhores dentro dessa insanidade ...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Noites recheadas de mentira. Sorrisos amarelados pra forjar alegria. Mesmo em grupo, sinto-me sozinho. Os novos sonhos não voam tão longe como os de antes. Os pensamentos do passado, me enfraquecem, em ritmo incessante. Preso a uma nuvem que já causou tempestades e paisagens exuberantes; imóvel aguardando pelo teu abraço aconchegante. Os raios não surtiam efeito negativo e, perto do meu sentimento, eram inofensivos. Caminhando de volta á minha fortaleza, para poder tirar a mascara e expressar toda minha tristeza, esparramado na rede. Os faróis dos automóveis, na falta da luz interior, me tornam um tipo de lua. As vielas e ruas são escuras e me deixam a mercê de uma estrela-guia. Meu coração pretende, mas só pretende.  A decepção bate a porta para gritar no meu ouvido que Ela N-Ã-O me entende, e a cada palavra dita isso fica mais evidente. Falsas impressões. Promessas feitas reduzidas á pó, teoricamente, limpo por uma simples faxina. Engano esférico. Passageira é a convicção do Ser auto-suficiente. Professora que precisa voltar á faculdade, respirar novos ares, permitir-se. Evoluir em conjunto, harmonicamente. Garota que demonstra através de gestos, o que não é capaz de dizer, mas que eu sempre fui capaz de compreender. Há um abismo que se criou entre nós. Desde os dias de dificuldade bati no peito e me entreguei de corpo e alma para preencher o abismo, com meu Amor. Inacreditável, mas não preservo o menor vestígio de rancor. Vou dormir. Quando eu acordar — se eu acordar —, será um belo dia para se comemorar. Das profundezas, sai um sincero e puro: Eu te amo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

#LéoRecomenda: Cartola - Preciso me encontrar.

O buraco é mais embaixo, tem por intuito — desde a sua criação —, dar vazão a meus sentimentos e visibilidade ás minhas criticas. No blog, fica evidente cada fase que enfrento, e convenhamos que já evolui bastante nos textos. Sendo assim, este espaço é reflexo de como sou fora da vida virtual. De fato, amo a música e a cultura (não só) brasileira. Gostaria de compartilhar tudo que gostei e ainda gosto, com você que me lê. Então resolvi fazer postagens diferentes, a onde lhe indico: músicas, textos, vídeos; que me agregam conteúdo ou me trazem sensações interessantes. Sem mais delongas ... 

Cartola é SENSACIONAL. Essa música dele, em especial, me diz muita coisa. Espero que gostem. 


Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir prá não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Superar um Amor.



Amor, Amor de verdade (redundância básica), não some, Ele tem a capacidade de ser uma metamorfose ambulante, e só. Amor não abre exceções: não há possibilidade de negociação entre o sentimento e a tecla DELETE. Ele pode ficar acolá, no fundo do baú, todo empoeirado e desvalorizado, mas, Ele está presente na sua história — você querendo, ou não. Á espera de uma faisca, pra arder em fogo novamente, e consumir: tempo, pensamentos, dinheiro e energias. Faça-me o favor de não confundir o relacionamento em si, com o Amor. O relacionamento é basicamente a coisa chata da qual só o Amor consegue tornar suportável, ou melhor, desejável. Colossal, sentimento que anula toda a porra da burocracia e empecilhos técnicos que vão te aporrinhar mediante a convivência de parceiros no cotidiano. O por que da escolha de joga-lo na gaveta, não é linear, varia entre: O Amor por outro Ser, ofuscar seu Amor próprio; Ciumes; Desentendimentos fúteis; Eticeterá e tal. Resumidamente: Amor não se arranca do peito, podemos apenas supera-lo. Temos de seguir em frente com nossas vidas, transformar nossos sonhos em realidade, mesmo que  nosso coração ainda se encontre na mão de quem não soube como usa-lo. E isso não acontece no dia seguinte do fim do namoro, obviamente. Compreenda, não é nenhuma espécie de tratamento. Há fatores que contribuem para essa superação ocorrer com maior facilidade ou em um menor espaço de tempo. Entre esses fatores destaco o principal: A forma como se deu o término do relacionamento, e se houve um dialogo sincero (anti-magoas). Não vejo outra saída para chegar a superação. Se você quer mentir em frente ao espelho ... ok, o problema é, unicamente, seu. Amigos amenizam, mas não conseguem anular o fato de que, em certos momentos, você caminha sufocado e fingindo estar tudo bem. Ignorar não ajuda, guxo. Procure e ache um modo de superar o Amor, que se encaixe na sua situação. Divida-o comigo, trocaremos figurinhas sobre. Passar bem!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Cores reais.


Rubro-negra repetitiva e padronizada.
Minha convicção alvinegra, geneticamente, traçada.
Cores que impõe presença.
Cores que nos expõe a essência.
Vermelho intenso e caliente.
Pretinho básico, charmoso e atraente.
Branco vazio e sem valor.
Dias cinzentos que inspiram o horror.
Imensidão azul de energias positivas.
Garotas Pink, inevitavelmente enjoativas.
Pele amarelada, proveniente da saudade.
Cores fortes que dão tom á personalidade.
Turva, é a cor da nossa realidade.
Marrom, luta e sofrimento.
Esqueci a cor do esquecimento.
Dourado, com o intuito de consolidar o Amor.
Laranja chamativo para irritar seu progenitor. 
Cor de sujeira nas mãos do trabalhador.
O verde sobrevive e só morrerá ao lado da esperança.
A ultima que morre.
A lágrima sem cor, no rosto escorre.
Sem cor! sem cor!
O povo clama por transparência.
Sair à rua e gritar suas exigências.
Pintar a cara com nossas cores, as cores da nação.
Verde-louro, as cores da identificação.
Uma cor pra cada olho, pessoas inesquecíveis.
Fechar os olhos pela ultima vez e ver cores irreversíveis.
Lilás, leve e meigo.
Dias ensolarados que realçam meus anseios.
Queria eu que os sons tivessem cores.
Eu te jogaria um balde com o som das palavras mágicas.
Eu te amo!
Não, não adiantaria pintar somente a casca.
Um bom profissional da cor, começa por dentro.
As paredes da vida fielmente suportam a ação do tempo.
Constantemente precisam da manutenção.
Borre novamente!
Não, não pinte com a razão.
A cada pincelada, sinta sua vida sendo reformada.
A cada gota uniformizada, sinta a superação sendo executada.



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011



Blackout na fábrica. Funcionários parados. Procedimento padrão: pegar prancheta, destacar uma folha sulfite limpa. Rabisco: estrela solitária, o número 13, etc. Computador sem nobreak? Redução de gastos. Colegas de trabalho mal-encarados, olham torto pra mim. Certamente e paranoicamente, questionam: O que um garoto, com pinta de nerd, faz em meio a tanta gente de ignorância assumida e simplicidade destemida? Eu não temo por retribuir. Devolvo com o dobro da força: um sorriso - sarcástico ou não, sorrir nunca é em vão. É questão de tempo até meu lado homogeneo, misturar-se. É a missão do dia: infiltrar-me. Meu ar superior não me torna arrogante com quem desejo defender e liderar. Surpresa! Fiquei sabendo, aprontaram-me um pré-julgamento — a nível de STF —, em frente a garrafa de café. 1ª colher de açúcar: Tenho a leve impressão de que ele é um baita preguiçoso; 2ª colher: Posso sentir, ele é louco, provavelmente comunista; Entre os goles de café — já adoçado —, rumores ganhavam corpo. Talvez seja o motivo pelo qual minha orelha, irritantemente, coçava. Sem outra opção, sigo o clichê: vida de estagiário, sofrida e ingrata. Deixar-se, como cavalo, ser domado? Obrigado, não faz meu estilo. Sei muito bem discernir a linha tênue que separa minha disciplina e hierarquia, da sua falta de bom-senso para dar-me ordens. Sente esta busanfa gorda na cadeira, dentro da sua sala, e aprecie o ar-condicionado, sem moderação. Meus tempos de ônibus lotado, irão acabar, porém, não conte com meu esquecimento por estes dias de blackout. Passar bem!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Agora eu sei como é.



Dar de cara com o espelho e ver o semblante da derrota.
O ódio de ter que absorver perdas, no coração brota.
Sentir-se impotente diante de sentimentos.
Ter de revisar o que há aqui dentro á todo momento.
Dissimular felicidade para não contagiar amigos.
Ir em busca de força interior e só encontrar mais dor.
Procelas emocionais que não abrem brechas para abrigos.
Tomar uma gelada depois do trabalho e não sentir AQUELE frescor.
Dias que rastejam vagarosamente.
O tempo parece ter saído pro café.
Não querer lembrar vagamente.
Questionar-se o porquê de ainda estar de pé.
Cuspir palavras ao vento.
Não ver diferença entre minha vida e excremento.
Tentar reciclar o passado, dar sentido ao presente e futuro.
Isolar-se no porão impudico e escuro.
Tirar objetos simbólicos da gaveta e esmorecer.
Criar certos receios de novamente me envolver.
Escutar AQUELA música e cair, sem perspectiva
Manifestar fragilidade e não ir à direção da saída.
Ignorar o bom senso e negar novas oportunidades.
Piscar de olhos que demoram uma eternidade.
Observar o PRA SEMPRE, em segundos se desfazer.
Ouvir pessoas exclamando: Sim, você pode vencer!
Criar uma analogia entre o que me fez bem e hoje faz mal.
Em tudo procurar um único e misero, sinal.
Inquietar-se com a falta de noticias.
Suportar a minha auto-critica.
Entregar a minha chave, esporadicamente.
Ser vazio interiormente.


Agora,
Só agora,
Eu sei como é.
E minha única convicção é a de que tudo que passei valeu à pena.
Sou muito intenso para viver uma emoção pequena.
Eu estou na vida pra viver.
E quando eu gosto, gosto pra valer!!


sábado, 29 de janeiro de 2011

Ducha fria e alívio momentâneo.




Sabe aquelas horas em que você não consegue nem raciocinar direito? Não importa o motivo. Seu cérebro repentinamente trava. Até tarefas simples e cotidianas se tornam verdadeiros pesadelos intermináveis. Nada funciona da forma esperada, e esse colapso te causa uma certa impotência emocional. Sua mente grita euforicamente: 1 pensamento só, força total! É meu caro amigo (a) leitor, dá pra sentir o cheiro da fumaça á 200 m. Você provavelmente deve estar pensando que vou lhe dar uma resposta esclarecedora e contundente. Pois está redondamente enganado. O que eu posso lhe oferecer é um conselho popular: Ducha de água fria. É, isso mesmo, não estou brincando desta vez. Invente uma desculpa se estiver acompanhado, e se jogue de corpo e alma para dentro do Box. Foda-se a roupa, retire o celular se for o caso. É imprescindível que seu corpo leve um ''susto'' com a temperatura. Procure deixar os pingos d'água caírem diretamente na sua cabeça. Não, não te garanto que isso vai ser a solução final para suas inquietações, mas esse ''choque'' lhe proporcionará um vazio. Um silêncio reconfortante ou depressivo. Lembranças de quando vocês ficaram na chuva ou simplesmente um banho frio como opção pela sua covardia de enfrentar a questão, de peito aberto. Uma dica útil e simples é: não faça para refletir, mas sim para diminuir o ritmo dos pensamentos. O coração não liga pro cérebro e burramente esquece que é parte do mesmo corpo. Ambos revezam o poder a cada nova fase da nossa vida. Atenção: Use o método para casos extremos, pois o efeito dura menos a cada vez que é usado. Não existe um tempo exato para ficar nesse estado de ''hidro-transi'', porem, tente não ficar muito tempo, não podemos ser egoístas, temos de exercitar nossa consciência verde. Mas é um belo chute-no-saco saber que esse alivio é momentâneo. A partir do momento em que o chuveiro é desligado  ... É COM VOCÊ! Não seja um eterno dependente de rituais como este. Demonstre segurança em seus atos. Aos problemáticos que dispõem apenas de uma banheira: Não me responsabilizo por afogamentos e suicídios. Passar bem!


domingo, 16 de janeiro de 2011

Momento BBB e mobilização de massas por coisas banais.




Essa época do ano, é um mix de hipocrisia e alienação que vem se arrastando desde o natal. Verão, chuvas, tragédias e nada de novidade. A midia anuncia e aproveita para humanizar a emissora. Faz a cobertura da desgraça, de forma impecável e oportunista. Tudo muito comercial e mascarado. O espectador finge ligar, mas não cobra explicação e medidas preventivas de quem realmente pode e deve fazer algo para mudar este quadro. Um comodismo nojento que, sem exageros, é de enjoar o estômago de qualquer ser que alimente-se, intelectualmente, de convicções a fins de mudanças. Antes fosse só esse o alvo de minhas criticas, mas não é, de onde veio essa merda — midia —, tem MUITO mais. Imagine a coisa mais patética que lhe vem a cabeça, isso, agora tente fazer e repetir por 11 vezes, mostre pra todo mundo. Pronto, você ja tem conhecimento o bastante para ser produtor de TV. É desanimador saber que um reality show, escroto, consegue mobilizar mais gente — inclusive os jovens, que por sua vez, deveriam representar maioria dentro de movimentos sociais em prol de um país melhor — do que assuntos importantíssimos e que modificam nossa vida drasticamente. Ôh gentalha! É muita cara-de-pau vir reclamar da vida que tem, sendo que o descaso com a terra onde pisa e vive é maior que o infinito. É cumulo dos cúmulos ver que até quando não estamos em frente a caixa-preta-de-mentiras, somos refens deste programeco, vide a internet e as rodas de conversas. Nossa realidade é um tapa na cara de qualquer um que tenha disposição para mudar o mundo. Estamos entregues a uma midia tendenciosa e que sabe que só com o apoio dela, melhorias podem acontecer rapidamente, com o apoio da massa. Mas por que melhorar as coisas, se eles estão a serviço da burguesia? Oras, acorde! Liberte-se! Seja fugitivo dessa prisão sem muro! Entretenimento é bom, mas existem N modos de se divertir, não fique atrelado a apenas um. Trabalhe seu senso critico, e seeeeeeempre procure informação de várias outras maneiras e, por favor, não existe apenas uma emissora, lembre-se de que o poder está em nossas mãos. Passar bem! 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sinais e a procura por respostas.




Respiramos, comemos, choramos, cantamos, vivemos e sobrevivemos. É, a vida é de fato uma roda gigante, um ciclo gigantesco, que muitas vezes gira a base de rotina e organização, e, consequentemente, gera preguiça e tédio, mas, outrora é, inconvenientemente, uma caixinha de surpresas — boas ou não. A Sr. Vida só observa, sentada ao sofá e comendo pipoca. Ela dá gargalhadas enquanto diverti-se com nossas maiores burradas e infantilidades, porém, quando estamos procurando por respostas e soluções para nossas burradas e infantilidades, Mr. Life nos proporciona algumas dicas ocultas, ou seja: sinais; Muito embora ela mesmo que nos pregue algumas peças. O grande problema é: achá-los. A maioria das pessoas entram em colapso,  quando enfrentam dificuldades — não importando o tamanho delas —, então como achar esse tipo de "placas" que indicam o melhor caminho? Oras, faço minhas as palavras de Bertold Brecht:  "... e examinai sobretudo o que parece habitual". Em outras palavras: Fique atento a porra dos sinais. É cômico ir tomar um banho pra relaxar, refletir e quando se sai do chuveiro, com o espelho embaçado, você escreve o nome de quem ama, observa por 30 segundos, imóvel, fica com raiva, apaga, e consegue finalmente olhar pra si. Haaa! Fomos surpreendidos novamente. Como vocês sabem, SEMPRE há um porem, neste caso não seria diferente. Vá com calma na interpretação, e se possível não espere por sinais, conversar com seus amigos pode ser mais proveitoso. Obviamente, algumas coisas necessitam de um isolamento e de uma busca interior, neste caso sim, aumente sua sensibilidade para as coisas mais simples. Pode demorar, mas as respostas sempre aparecem, e se não aparecerem, faça a seguinte receita: 1 colher de açúcar e 2 de chumbinho; Você encontrará respostas divinas, é infalível. Passar bem!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011




Ela tem olhos escuros e envolventes, 
Ela é especial e desvia atenção, 
Ela é sagaz e inteligente,
Ela me oferece a realidade e descarta ilusão,


Ela foi feita pra brilhar e se destacar,
Ela é morena e brasileira,
Ela é sensual e adora amar,
Ela é mulher pra noite inteira, 


Ela é do Samba-Rock,
Ela conserva a cultura e tradição,
Ela não é do tipo não-me-toque,
Ela provoca inspiração,


Ela é alta e imponente,
Ela é simples e complexa,
Ela tem cacife pra ser exigente,
Ela não fica com o que resta, 


Ela é mulher e menina,
Ela é certamente só utopia,
Ela é forte mas feminina,
Ela me faz abrir sorrisos todo dia,




sábado, 8 de janeiro de 2011

To de volta.




To de volta, com a insegurança estampada na cara.
To de volta e agora sei que a minha alma também chora.
To de volta, com a mala mais inchada de duvidas.
To de volta pra apagar da minha mente idéias estúpidas.
To de volta pra me ocupar com qualquer coisa fútil.
To de volta e me transformei em um ser inútil.
To de volta e sem fé alguma com A pessoa.
To de volta e desta vez o meu grito de desespero, pelo mundo ecoa.

To de volta e vim de mãos vazias.
To de volta e não tenho perspectivas de alegrias.
To de volta, depressivo como jamais havia sido.
To de volta pra costurar um futuro, mas acabou o tecido.
To de volta e necessito dar escape a toda essa pressão emocional.
To de volta e cercado de amigos com discurso motivacional.
To de volta, irracional como um macaco, agindo por instinto.
To de volta, á procura de um amor, á muito tempo, extinto.


To de volta e sei que vou me reerguer.
To de volta pra tentar, com a situação, aprender.

To de volta, mas completamente sem rumo.
To de volta e ainda não te esqueço por 1 segundo.

To de volta e sei que é questão de tempo.
To de volta e vou me limpar por dentro, paciência, o processo é lento ...