sábado, 2 de abril de 2011

O perdão como objetivo ético.


Como sou completamente crítico á religiões e suas particularidades administrativas, emprego a palavra perdão absolutamente despida de roupagens estereotipadas e utópicas. Muito se fala em perdoar o próximo, pouco se prova que o perdão é sincero ou natural. Antes de qualquer conselho clichê — como: - Perdoe! Você tem um bom coração, eu sei disso —, há de se analisar a situação que ocasionou a necessidade de uma segunda chance. Através de um livro de fábulas, que alias é muito conhecido, a sociedade aderiu á blasfêmia inescrupulosa e hipócrita de que o perdão nos faz seres melhores, isto é, superiores á quem não o pratica. O perdão, desde então, tornou-se uma ''meta'' a ser cumprida por todos, em busca do que convém a ser ético e fofinho. Esta falácia perdurará por longos anos ainda, anotem. Do que adianta perdoar pela metade, uai? Que ao menos não finja ou o faça com a mais irônica das intenções. É apenas um gesto que, dependendo da algumas variáveis, pode representar o seu atestado de paspalho do ano. O caráter não é composto deste tipo de atitudes, que são provocadas no aguardo de elogios. Egocentrismo nesse sentido, é iluminado de Amor próprio. Os anos passam, alguns refletem e só voltam atrás, após décadas de cara-fechada ou indiferença — o que não necessariamente remete á experiência de vida, mas sim ao receio de chegar ao ''fim'' sem alguém que se importe. Passar bem!

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