sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Olhares

A cada olhar pobre de espírito que enfrento
Mergulho num lamaçal de desequilíbrio
Desilusão e descontentamento
Olhares que revelam falta de perspectivas
Sinto um arrepio ...
Temo por minha vida
Olhares que me condenam
Poder de persuasão sem palavras ditas
Eles mexem com meus brios
Tocam na ferida
Travam meu coração
Um simples piscar de olhos
Me imagino carregando um navio
Responsabilidade do tamanho de um Brasil
Jamais quero piscar novamente
Falta de confiança
É involuntário o ranger de dentes
Revolta e dor
Olhares que queimam de forma veemente
É hora da escolha
Pelo que vejo, mereço calabouço e masmorra
Estou sem rumo
Meu extinto grita: Corra, corra!
Olhares que envergonham minha alma
Questionam minha honestidade
Percebo que minha presença atrapalha
Agora sei, sou um poço de maldade
Olhares cortantes como navalha
Brutalmente me torturam
O suicídio parece a única saída
Não ...
Não irei acabar com minha vida
Decidi encarar
Irei mostrar que um filho teu não foge a luta
Parte pra cima atrás de uma coisa que nunca muda!

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