domingo, 30 de janeiro de 2011

Agora eu sei como é.



Dar de cara com o espelho e ver o semblante da derrota.
O ódio de ter que absorver perdas, no coração brota.
Sentir-se impotente diante de sentimentos.
Ter de revisar o que há aqui dentro á todo momento.
Dissimular felicidade para não contagiar amigos.
Ir em busca de força interior e só encontrar mais dor.
Procelas emocionais que não abrem brechas para abrigos.
Tomar uma gelada depois do trabalho e não sentir AQUELE frescor.
Dias que rastejam vagarosamente.
O tempo parece ter saído pro café.
Não querer lembrar vagamente.
Questionar-se o porquê de ainda estar de pé.
Cuspir palavras ao vento.
Não ver diferença entre minha vida e excremento.
Tentar reciclar o passado, dar sentido ao presente e futuro.
Isolar-se no porão impudico e escuro.
Tirar objetos simbólicos da gaveta e esmorecer.
Criar certos receios de novamente me envolver.
Escutar AQUELA música e cair, sem perspectiva
Manifestar fragilidade e não ir à direção da saída.
Ignorar o bom senso e negar novas oportunidades.
Piscar de olhos que demoram uma eternidade.
Observar o PRA SEMPRE, em segundos se desfazer.
Ouvir pessoas exclamando: Sim, você pode vencer!
Criar uma analogia entre o que me fez bem e hoje faz mal.
Em tudo procurar um único e misero, sinal.
Inquietar-se com a falta de noticias.
Suportar a minha auto-critica.
Entregar a minha chave, esporadicamente.
Ser vazio interiormente.


Agora,
Só agora,
Eu sei como é.
E minha única convicção é a de que tudo que passei valeu à pena.
Sou muito intenso para viver uma emoção pequena.
Eu estou na vida pra viver.
E quando eu gosto, gosto pra valer!!


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